Saudade.
Um estado em que só o coração pensa. O cérebro parece não fazer sentido algum. Ele tenta, insistentemente lhe dizer que tudo continua e que foi assim porque era preciso.
Mas esse músculo ignóbil não aceita a condição de solidão.
Aos poucos se apagam as lembranças ruins. Fica só a ilusão que terminou.
É o paradoxo de sentir sem podê-lo.
Até a hora em que, cansados, pensamos. E vemos que nada disso faz sentido. O passado ficou para trás e não nos pertence voltar a ele. Nos cabe agora continuar a viver do nosso melhor jeito: sozinhos.
Sempre fizemos isso, por que não agora?